domingo, 31 de janeiro de 2016

Ponto final...

A brisa que sopra pela janela que você deixou aberta
Ainda está soprando
A chuva que ensopa o chão pela porta que você não fechou ainda continua ali..

Nunca tive motivos para beber
Hoje não vejo motivos para parar
O Whisky que tenho aquece muito menos que a lareira que você apagou.

E ainda que a chuva la fora passe e as nuvens desapareçam
Meu céu não tem mais estrelas
Olho para o vazio apenas pensando que você também poderia estar olhando.

Um conto de fadas mal resolvido.
Um fim que nunca teve começo.
Uma historia sem virgulas.

Mas você colocou um ponto final.

sábado, 30 de janeiro de 2016

Um Ultimo Pedido....


Se eu pedir pra você voltar você ainda voltaria?
Se você lê-se as cartas, os e-mails ou as mensagens que nunca mandei...
Você ainda voltaria?

Se você perdoa-se os pecados cometidos
Ou os erros enterrados
Se ainda senti-se algo ou apenas quisesse me ver
Você ainda voltaria?

Sei que certas coisas não tem como voltar...
O mundo continua girando e o relógio não para
Mas hoje temo que você já tenha me esquecido
Se você lê-se essas lagrimas de tinta você ainda voltaria?



quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Dançando com o Diabo...

Memorias tatuadas no corpo
Cicatrizadas pelo tempo e coloridas pelo sangue
O tempo passando e fico na esperança de meus demônios sumirem

Acho que já aprendi a conviver com meus demônios
Mulheres de asas que me visitam a noite
Até gosto das conversas e das sensações
Me fazem lembrar das coisas que passei
Das danças que e lutas, talvez valha a pena.

Vou dançar com meus demônios está noite.
Vou entrar na onda, elas já estão aqui mesmo.
Vou dançar com o diabo está noite.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Monumento a vergonha.

A chuva escorre pelas ruas vazias la fora, o vento sopra em meu rosto ensopando minha barba, marca do tempo que vaguei por essa terra.
Passei anos tentando entender as coisas.
Para chegar hoje, sentado em minha moto olhando o horizonte sobre o céu chuvoso, perceber que minhas lagrimas se perderam.

Foram diamantes perdidos em um mar de zircônio.
Rubis em um oceano de lantejoulas.
Anos gastos atras de ilusões e sonhos.
Uma vida que nunca foi minha, um teto que nunca esteve ali.

Um monumento a minha vergonha perdido pela verdade.
Soprado pelo vento como um castelo de areia no concreto.
Lagrimas escondidas pela chuva.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

O caso N.Y Noir..

Entro em meu apartamento sinto o velho cheiro conhecido de Whisky e mofo que vem de um lugar que me conhece melhor do que eu mesmo.
Coloco meu fedora na mesa junto de meu coldre..e meu sobretudo preto molhado pela chuva torrencial que cai do lado de fora.
Ligo o radio e ouço tocar um jazz , enquanto me sirvo um copo de Whisky vagabundo.

Sento na sala escuro olhando em minhas mão meu distintivo...
Penso comigo mesmo "Porque tirar a vida de alguém foi tão fácil? O remorso que sinto não contem tristeza pela vida humana."

A luz do relâmpago brilha todo o apartamento e no reflexo do espelho atras de mim vejo um homem de terno preto com um sorriso branco feito trovões.
"Sem tempo para uma ultima dose?" falo erguendo o copo ainda cheio.
O sorriso se fecha e ele senta na poltrona em frente a minha

Eu sei por que ele esta aqui, já entendi a muito tempo...30 moedas de prata foi o preço da traição...o meu preço foi um amor traído...perdido pelo tempo e escorrido paras os ralos das ruas escuras que os raios iluminam lá fora.

Um novo flash...mas esse vem de meu apartamento e sinto somente meu corpo se reconfortar na poltrona velha que agora é meu epitáfio de uma vida patética.